" Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar...


Clarice Lispector.


terça-feira, 15 de novembro de 2011

Pecados....


O barulho da chuva é um verdadeiro convite a permanecer, permanecer aninhada em seus braços numa autentica overdose de doces pecados humanos luxúria, gula e preguiça....

Luxúria encontrada em minha necessidade latente em ser possuída por ti, ligada a gula de querer mais e mais, numa fome incontrolável de você, que juntas levam-me a ignorar  o mundo, que parece não existir além dos seus braços... me rendendo a seus caprichos....

Embriagada por tantas emoções tudo faz sentido, desvencilhar-nos do tempo e buscar o tempo da gente é preciso! diminuir a ânsia frenética do cotidiano, nos permitimos cada vez menos ser levados por pequenos  pecados, pecados que nutrem a vida a dois e fazem a vida pulsar em nós...

Deleite de poucos! quero ficar, ficar completamente inebriada por tamanha torrente de sensações e sentimentos que se misturam no gosto do beijo e no sabor da pele, no toque que despertar e atiça a vontade de doar-se sem medidas....

Aprecio doces pecados que  nos fazem bem!!! sem medos de auto flagelações ou infindáveis penitencias!   


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Saudades....




Continuamos trilhando nossos caminhos, mas a todo instante olhamos para trás, uma parte de nós ficou pelo caminho.O tempo passa de forma veloz e deixa saudades, ausências e vazios...você vive dentro de cada um de nós.....

A sete chaves as lembranças estão todas guardadas, como num filme trechos de uma vida aparecem diante dos nossos olhos, um dia de sol, uma música  ou simplesmente a lembrança. Dizem que o tempo ameniza dores e saudades, mais as minhas estão todas aqui, não digo que frescas pois quase não lembro do seu rosto, mas fecho os olhos e lembro dos momentos que vivemos.....

Ausências sentidas e lembranças vividas, ainda ouço o som do seu riso, a casa se enchia de alegria e tudo era uma delícia. Perdas que marcam as nossas vidas e nos movem a ser como somos, infância tempo de família, Pai e Mãe nossos referências por toda a vida....

Saudades do que poderia ter sido com você junto a nós, vazio jamais preenchido, companheiro de uma vida, homem, filho, irmão, Pai, sogro enfim Avô, te perdemos tão cedo...

As lagrimas rolam e preenche as lacunas, o tempo parece somar-se as saudades que nos tomam...cicatrizes jamais curadas, saudades Pai!!!


terça-feira, 1 de novembro de 2011

Veja!



Até quando........terás coragem de manter a venda sobre teus olhos,    sobrepujando  uma julgada perfeição vista somente por ti, olhe a sua volta e perceba o caminho que as coisas tomaram. Cega pelas tuas certezas a própria vida veio de encontro a ti e colocastes a verdade diante dos seus olhos.....

Ter olhos para se ver, está aí uma capacidade pouco exercitada por nós, nos habituamos a viver e ver a vida que existe além de nós como subterfúgios que nos levam para bem longe da nossa própria vida, a realidade em que estamos mergulhados nem sempre é a que pregamos.......

É difícil admitir nossas falhas, admitir erros e assumirmos nossas incapacidades, lidar com o fracasso é ruim. Melhor é escondê-las colocando em evidência outras vidas e nos colocando na posição de juízes das ações alheias enquanto nosso circo pega fogo.....

Belo espetáculo, me coloco na primeira fila a rir de mim e de tudo, vejo tanto vazio e desamor que aplaudo de pé toda esta encenação. Os sussurros que ouço me fazem mal, sintoma natural de quem enxergar a própria vida real e escolhida, sem arrotos de um discurso  batido e de um filme que se repete nas melhores salas.........