É intrigante como nossos filhos possuem a capacidade de nós tornarem minúsculos diante das situações, nos qualificando de acordo com a visão do mundo, um mundo que se altera o tempo todo. É intrigante como esta representação do que somos para eles, mudam feito uma montanha russa. Somos deuses e algozes, guerriando em uma dualidade existencial que dialogam como o amor e a responsabilidade que possuímos...
Tecem redes de convivências de acordo com o que sentem, ora se prendem a nós buscando sabedoria e conforto, ora constroem muros se isolando. Estabelecem suas relações, sorriem, choram e permanecemos com eles...sofrem e nos colocam aos seus pés. Sentimos suas dores e comungamos de dúvidas e sentimentos que parecem ser tudo de mais importante em suas vidas e quando nos colocamos contra o mundo em defesa deles, rapidamente se colocam contra nós, defendendo o mesmo mundo que ainda ontem os faziam chorar....
E nós só queremos evitar que eles sofram!! exercitamos esta dita maternidade sem manuais e roteiros que nos guiem nestes mares de amor incondicional. Como ser na medida exata aquilo que eles esperam e precisam? Como educar sem assumir esteriótipos de Pais autoritários e donos de verdades absolutas? Como estabelecer sentido e verdade em nossos posicionamentos e opiniões sem causar atritos?
Somos conscientemente do tamanho do nosso amor e acreditamos neste sentimento como premissa de exercício pleno da Maternidade, nem mais e nem menos, e diante deles olhamos e percebemos o mundo que a todo tempo se renova e se transforma diante dos olhos de quem tanto amamos....E o desafio é equilibrar tantos sentimentos e não se omitir diante daquilo que somos e representamos. Se soubessem que a vida é tão frágil e curta, valorizariam o amor incondicional, equilibrando as diferenças e concepções de mundos e épocas.