" Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar...


Clarice Lispector.


quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Caleidoscópio


O amor é um sentimento transcendental, possui milhares de perspectivas e possibilidades, se parece com um caleidoscópio pois ver a vida por ele é vê-la refletida em milhares de pequenos espelhos, que ora multiplica-se este mesmo sentimento em milhares de outros sentimentos, outra nos reflete e somos subitamente tomados por uma racionalidade inexistente aos seres que amam...ou reflete o ser amado objeto do nosso desejo e fixação e novamente somos tomados, desta vez por uma irracionalidade enlouquecedora ....

Pendemos entre a razão e a emoção, somos capazes de defender a verdade que nos habita como a mais natural e correta possível, desconhecemos o outro quando estamos tomados pela razão do amor, seja ele qual for, elas se justificam diante das múltiplas formas e possibilidades de se amar....

Razão que razão, muitas vezes nos cegamos, argumentamos e defendemos nosso objeto de amor como o centro do mundo .... equilibrar a balança entre razão e emoção é uma habilidades que leva tempo, tempo e autoconhecimento, necessita de um desprendimento muito grande, preciso sair de mim e me colocar no lugar do outro....

Não existe egoísmo quando amamos, pois esquecemos de nós e passamos e viver o outro, o centro do nosso mundo passa ser o outro e assim vivemos o amor, em nome do outro, pelo outro e em razão do outro....

Um mais um são quatro, matematica louca que te leva a inquietude, tira a sua paz e muita vezes a felicidade.....pobre de ti...perabularas pela vida dividida entre seus amores que com toda certeza fazem da sua vida, uma balaça que pende sempre para teus fantasmas e responsabilidades....

Bote sua capa e proteja-se nos argumentos que justificam sempre e sempre tua cegueira que de temporária tornou-se meio de vida.....