Pares de chuteiras embalam sonhos, explicitam a identidade
e as esperanças de um povo com mais de 200 milhões de corações, que a cada
quatro anos, querem ser reverenciados por sua arte. Arte que nasce nas
periferias das cidades de um Brasil que o mundo pouco conhece.
Arte que brota nos morros e comunidades brasileiras. Berço de nossos talentos, verdadeiros criadouros de tantos tesouros e divindades da bola, que
nascem com um dom nato, encantar o mundo com os pés....
Somos a pátria de chuteiras, uma nação que ama futebol e
diante disso, fomos contagiados a viver a Copa do Mundo em nossa casa. Historicamente o berço do futebol, uma onda
verde e amarela tomou conta do país. A paixão nos moveu a colorir as ruas,
a usar verde e amarelo, a colecionar figurinhas, a ver nossas crianças encartar-se com o clima de copa, o mundo visitando o Brasil e adorando os brasileiros é este o sentimento que move, nós brasileiros....
Embora, seja uma competição, e hoje estamos fora da disputa do título, ontem
perdemos vergonhosamente por 7a1, podemos justificar, crucificar, enterrar,
culpar. Não fará diferença. Há anos temos uma seleção que não convence, que não
encanta ninguém. Mas esperançamos e queremos sempre ser o melhor de todos,
provar que se existem alguém que entende de futebol, somos nós, nós temos o Rei do futebol, más será que somos
hegemônicos??
A contemporaneidade deturpou nossa arte, prematuramente vislumbramos oportunidades, partimos em busca de sonhos e realizações, vendemos nossos tesouros acreditando que com isso, ganharíamos notoriedade e respeito, quando na verdade, vimos o futebol brasileiro perdendo sua identidade e referência. Nossos jogadores vão jogar fora e perdem seu jeito moleque que os caracterizam e ficamos assim, como estamos, milionários e mercenários, será?
A contemporaneidade deturpou nossa arte, prematuramente vislumbramos oportunidades, partimos em busca de sonhos e realizações, vendemos nossos tesouros acreditando que com isso, ganharíamos notoriedade e respeito, quando na verdade, vimos o futebol brasileiro perdendo sua identidade e referência. Nossos jogadores vão jogar fora e perdem seu jeito moleque que os caracterizam e ficamos assim, como estamos, milionários e mercenários, será?
Há anos nossa seleção é convocada e apresenta um futebol
longe da arte que temos e queremos, há anos nosso futebol deixou de ser uma referência, reunimos nossos tesouros e divindades da bola e não conseguimos fazer com que cada
um deles, compreenda que representar seu País, é muito mais que ter contratos
milionários, e ser aclamado como o melhor jogador do mundo. A camisa amarelo canarinho não causa mais o mesmo temor e respeito nos nosso adversários há tempos. Precisamos resgatar a identidade do futebol brasileiro, resgatar
a leveza, alegria e a genialidade do nosso futebol, resgatar o olhar e a coragem do
técnico brasileiro que não cede aos patrocinadores e à mídia destruidora...