Estar em silêncio muitas vezes é me desligar de você, desconectar-me de nós, a ponto de me
isolar e desabitar nosso lugar. Esta espera tem me consumido, tem feito de
mim alguém que muitas vezes desconheço. Criamos e recriamos o tempo todo
coisas em nós, que nem sempre queremos ou aprovamos, mas sintetizam o que sentimos.
Elas
parecem nos transportar para partes de nós que nem sabemos que existem, silencio na busca de equilíbrio, da saciedade das minhas expectativas e me coloco
aqui, a mercê de você e das suas
escolhas, a mercê do tempo a quem sempre respeitei....
Muitas vezes seu
tempo me sufoca, ele se faz de uma forma sempre imposta e ditatorial, é condição necessária para existirmos e coabitarmos. Me colocaste a beira deste caminho há tempos, estou a esperar, velando pelo tempo e pelas resoluções que devem acontecer a sua maneira, uma gestação que aguarda a chegada do crescimento, da
maturidade, da independência, da formação, da aposentadoria e até quando?
Quero quebrar a ampulheta que parece jamais findar, colocando fim nesta espera, espera esta, que pode estar nos distanciando silenciosamente, transformando minha paciência em grãos de areia que o vento sopra nesta queda infinita que não finda nunca..
Quero quebrar a ampulheta que parece jamais findar, colocando fim nesta espera, espera esta, que pode estar nos distanciando silenciosamente, transformando minha paciência em grãos de areia que o vento sopra nesta queda infinita que não finda nunca..
Me encontro a beira do caminho a espera de nós, suplicando para que minha paciência tenha fôlego, para que meus sentimentos sustentem o passar dos dias, que a espera seja agraciada com a calmaria desejada e que de fato possamos viver o nós......
Estou exausta de esperar....